Durante uma semana tranquila, finalizado mais um desafio - organizar a nova residência de uma família gaúcha em mudança para Salvador - numa enorme fila de mercado, por conta dos seus itens de geladeira, lembrei de Sam Walton e suas convicções empresariais. Fundador da rede Walmart, arrisco-me a dizer que, de onde estiver (que Deus o tenha!), não ficaria nada satisfeito em testemunhar a rotina de descaso com o cliente Bompreço, hoje, parte da sua rede no Brasil. Ampliando um pouco mais o leque, faz-se necessário incluir nessa reflexão, não só as outras redes de mercados de Salvador, assim como muitos estabelecimentos comerciais e de serviços existentes na cidade. Infelizmente, é quase geral!!
Para onde quer que se dirija, o cliente é recebido, salvo raras excessões, sem o mínimo de cordialidade, por fisionomias carrancudas de pessoal desinformado, ainda que seja o sustentáculo dessa relação. Há tempos pensando em abordar o problema, cada vez mais crítico na nossa cidade, sugestionada pela fila do Bompreço, tratei de pesquisar um pouco mais sobre as ideias do empreendedor Sam Walton. Descobri que, anos atrás, na qualidade de fundador da maior rede de varejo do mundo, abrindo um programa de treinamento para os funcionários, surpreendeu à todos com um discurso singular. Quando esperava-se uma palestra tradicional, direcionada à vendas, ele iniciou-a com as seguintes palavras:
"Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e espera pacientemente, enquanto o garçom faz tudo, menos anotar o meu pedido. Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares. Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca usa a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal. Eu sou o homem que explica sua desesperada urgência por uma peça, mas não reclama quando a recebe somente após três semanas de espera. Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, implorando por um sorriso ou esperando apenas ser notado. Você deve estar pensando que sou uma pessoa paciente, do tipo que nunca cria problemas. Engana-se. Sabe quem eu sou? Eu sou o cliente que nunca mais volta!
Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua empresa, sendo que quando fui lá pela primeira vez, tudo o que deveriam ter feito era apenas uma pequena gentileza, simples e barata: tratar-me com um pouco mais de cortesia. Só existe um chefe: O CLIENTE. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa, do presidente ao faxineiro, simplesmente levando o seu dinheiro para gastar em outro lugar.”
Precisamos acordar!! Eu, tu, ele, nós, vós, eles!! TODOS!! À medida em que são os clientes que nos mantêm ativos profissionalmente, os mesmos devem ser tratados com a devida importância. Se um dia sou uma deles, muitas vezes, por conta das demandas de trabalho, também vivencio o outro lado. Das 8 às 12, assim como das 14 às 18hs, satisfazer os seus desejos é o meu maior objetivo. E para isso, de antenas ligadas, não meço esforços. Tão simples perceber, tão fácil realizar. Nas longas filas para atendimento, como num exercício simulado, uso o tempo para, mentalmente, reorganizar espaços, corrigir atitudes e melhorar rotinas para eles. Sejam clientes do ARQUITETANDO POR AÍ ou não...
A PERGUNTA |
OS ERROS |
AS PALAVRAS MÁGICAS |
O RESULTADO |
Que as palavras de Sam Walton nos façam refletir e melhorar. Seja você empresário, vendedor, profissional liberal, recepcionista, farmacêutico, mecânico, entre tantas outras nobres funções, não se engane: conquistar a satisfação do cliente é sua meta. Acham que trabalhar pelo patrimônio da empresa ou pelo bem comum está fora das suas atribuições?? Enganam-se!! Seja organizar o local de trabalho, sugerir melhorias na rotina profissional ou transmitir à empresa desejos dos clientes, podem ser diferenciais na carreira de qualquer profissional. Estamos vivendo um período de atendimento caótico. Sem gentilezas, sem cooperação, sem reconhecimento do semelhante. Então, que fazer!? Mãos à obra.
Fonte Imagens: INTERNET