ARQUITETANDO POR AÍ

ARQUITETANDO POR AÍ
O assunto aqui é transformar rotinas engessadas, visando a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos. Mas, como assim? Alinhando conhecimentos arquitetônicos a técnicas de organização, espaços residenciais ou comerciais são reestruturados com custo bem inferior ao imaginado. Independente do tamanho da sua necessidade, conheça um pouco dessa história e encontre respostas. Aguardo você...

21/02/2021

 O NOME DA GERAÇÃO



Sempre elas!!




Durante uma semana pra lá de corrida, tentando organizar as minhas demandas pessoais, sempre misturadas com as organizações de clientes, percebo um compartilhamento da amiga, e ex-colega Marista, Lívia Lopes. Laços fortes, admiração mútua, meu horário de almoço, parei para conferir. E lá estava um texto que merecia ser compartilhado. 
Sobre a autora, descobri ser uma filha que a vida fez escritora. Diante da necessidade de se reinventar nos cuidados c/ o pai, publicou o livro: Alzheimer, diário do esquecimento. Já eu, tendo vivido e me beneficiado muito pelo comportamento da geração por ela descrito abaixo, antes de finalizar a leitura, estava decidido: "aquilo" tinha que virar post.
Ao final, já rindo de saudade por lembrar de determinadas situações, não me sentindo filha, mas, totalmente, mãe, parei e ponderei. Fazemos o possível e o impossível pelos nossos filhos. Acertamos e erramos nesse caminho. Mas, sempre os colocamos em primeiro lugar, seja qual for o nome da geração. Obrigada, Livinha! Saudade...  

     


Está morrendo a geração de ferro, para dar passagem à geração cristal.

Quem é a geração de ferro? Aqueles que chamávamos de "senhor" e "senhora", porque "você" é para "seus amiguinhos". 
A geração que não estudou, porque precisava trabalhar para ajudar os pais. Depois, para realizar o sonho da casa própria, sustentar a família. Mas, chorou de emoção e orgulho na formatura dos filhos.
A geração que antes das 22h colocava todo mundo na cama, ajeitava o cobertor, dava um beijo de boa noite, depois de rezar junto, porque "ninguém deve dormir sem rezar; não somos bichos".
Aqueles que nunca viram uma carreira de cocaína, nem precisavam de comprimidos, ou energéticos, para rir e dançar a noite inteira, mas não ousavam tomar manga com leite. E ninguém saía, ou entrava em casa sem "a benção". E isso fazia toda diferença. 
A geração que nunca sonhou com a Disneylândia, porque divertido mesmo era ficar na calçada com os vizinhos, contando casos, enquanto ficavam de olho nas crianças.
A geração que guardava o troco de moedas no cofrinho, mas não economizava nas festas de aniversário - um bolo, sanduíche, brigadeiro e suco. Sem DJ, só o som das crianças brincando e a risada dos parentes e amigos.
A geração que anotava as dívidas na caderneta e ansiava pelo dia do pagamento para quitar todas, porque "esse dinheiro não é meu". 
Está morrendo a geração que pagou pra ver; bancou os seus sonhos e sonhou o sonho dos filhos. Sorvete era pra dias especiais e comer arroz e feijão era a regra para crescer forte, porque "saco vazio não para em pé".
A geração que fez do trabalho o objetivo de vida, não soube o que eram férias e passear na praça com os amigos era uma aventura deliciosa, que rendia incontáveis fofocas e segredos.
A geração que sempre deixou o último bolinho para os filhos, mas amargou a saudade e o medo, quando esses filhos não tiveram mais tempo para eles. 
Está morrendo a geração que pagou todas as contas, mas não imaginou que envelhecer seria tão caro e os filhos não estariam dispostos a dividir essa conta.
Está morrendo a geração que soube arrancar comida e esperança de pedra, para cuidar da família, mas esqueceu de cuidar de si mesmo.

Míriam Morata Novaes




Nós!!





Fonte imagens: ARQUIVO PRFISSIONAL  

07/02/2021

RETRIBUINDO



O presente!




Por conta de alguns problemas com o Blogger, não consegui compartilhar o post do domingo passado. Hoje, com atraso de uma semana, confiram aí. Se amo dar, imaginem só o que sinto por retribuir! 



Durante a semana, saindo do crossfit, carro abastecido, lembrei que há tempos não checava o ar dos pneus. Ninguém disponível, eu mesma fiz o serviço. Enquanto esperava o alarme do calibrador soar, olhei em volta e percebi uma cliente muito querida se dirigindo à bomba. "Abandonou o blog, Pat?", de longe mesmo, ela perguntou. Acenei, terminei a tarefa e fui responder a pergunta. Ela sabia muito bem que eu não abandono compromisso algum. Foi o que disse. Bem pertinho dela!    


 

 



Na semana anterior ao encontro descrito, em intervalo de organização, o texto da escritora Vanessa Brunt, compartilhado acima, me chamou muito a atenção. Tanto que, assim que pude, compartilhei no meu instagram. Ao compartilhar, descobri que aquela jovem de apenas 25 anos, sensível e ousada em compartilhar verdades, era sobrinha de uma grande amiga e parceira de organização. Generosa como Vera Maia, está para nascer. E foi assim que o livro que trás o texto acima chegou aqui.




O carinho!




Dedicatória linda, bem na linha do que ela transborda, mergulhei no seu livro como quem mergulha numa piscina convidativa em um dia de verão. Querem saber o que descobri? A escritora Vanessa Brunt é tudo que eu imaginava e muito mais. A ideia de fazer esse post veio quando ainda estava me deliciando com suas palavras. A cada passada de página, sabia que precisava compartilhar a minha "descoberta" com mais gente. E, em forma de post, segue o meu agradecimento e a retribuição.     








Acima, bem no meio do momento delicado que estamos passando, deixo um recadinho curto dela para a humanidade e suas publicações até aqui. Certa vez, encantada por receber um e-mail resposta de Martha Medeiros à uma questão das minhas filhas, agradeci e exaltei a sua forma amável e disponível de cuidar do seu público. E isso nos rendeu uma troca de mensagens inspiradoras. Suspeito que Vanessa Brunt segue na mesma linha. Estamos todos conectados, garota especial! 





Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL E INSTA DA ESCRITORA