ARQUITETANDO POR AÍ

ARQUITETANDO POR AÍ
O assunto aqui é transformar rotinas engessadas, visando a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos. Mas, como assim? Alinhando conhecimentos arquitetônicos a técnicas de organização, espaços residenciais ou comerciais são reestruturados com custo bem inferior ao imaginado. Independente do tamanho da sua necessidade, conheça um pouco dessa história e encontre respostas. Aguardo você...

31/12/2020

PRESENTE QUE VIROU POST 



Obrigada, Enrique Amoedo!




Para muitos, 2020 foi de grandes dificuldades. Para mim, uma canceriana/ariana, desde sempre louca por um desafio, não poderia ter sido melhor. E foram montes deles. Mal tinha começado o ano, ainda janeiro, me senti atirada do topo de uma imensa árvore pela mãe natureza. Lá, ela pareceu dizer: voe. Não tive outra alternativa, a não ser voar. Sozinha? Jamais. Muitos, muitos, parceiros nos meus trajetos.
Passados 365 dias de aprendizado, para nós que já entendemos as regras do novo jogo, que 2021 chegue tranquilo e nos permita encarar os dias com mais serenidade. Enxergando, respeitando e aceitando o outro, como deveria ter sido desde sempre. Cada qual no seu quadrado? Sim. Talvez por mais algum tempo ainda. Mas, cientes do que, realmente, importa: nos fazermos presentes na vida do outro. Seja com quem ou para quem.
Mais cedo, avisada digitalmente sobre o lançamento do novo cover da sensacional Arpi Alto no YouTube, ainda no início da montagem desse post, quase não acreditei. Em clara e aveludada voz, ela interpreta We've Only Just Begun*, dos Carpenters. E, ao longo da apresentação, pronuncia together* várias vezes. Se essa foi a palavra mais importante de 2020, que continue viva em 2021. Tenham todos, um Feliz Desafio Novo!!    

*nós apenas começamos
*juntos








 
Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL
Fonte vídeo: YOUTUBE

13/12/2020

TODA DESORGANIZADA



Bolsas já organizadas




Durante a semana, em comunicação via whatsApp, um amigo muito querido escreveu algo em resposta à uma brincadeira anterior: toda "desorganizada". Sim, o desorganizada entre aspas. O que ele não sabia é que o meu setor acessórios estava tal e qual ele escreveu ali. Sem as aspas. Principalmente, as bolsas. Naquele momento, sacos há muito tempo encomendados, prometi para mim mesma que, desse domingo, a organização não passaria. E assim foi. Mais uma vez, tudo registrado.   




Setor acessórios e calças




Aqui uma pessoa, ainda, sem closet, sigo me organizando em sete portas de armário e uma cômoda. Verdadeiramente, sobre espaço, não tenho do que reclamar; consigo viver muito bem com o que disponho. Contudo, até pouco mais cedo, o meu setor acessórios incomodava bastante. Bolsas desordenadas, umas ensacadas, outras não. Sem mencionar que, ao abrir uma das portas, dava de cara com uma mala monstruosa. Embalagens padronizadas, contrariando o que prego por aí, ensaquei uma por uma.  




Pós organização




E muitas clientes se perguntarão: será que ela endoidou? Asseguro-as que não. É que troco de bolsa muito pouco e a minha organização ainda não acabou. Logo que tiver outra folga, fotografarei item por item e farei tags com as imagens para pendurar nos sacos. Assim, sob tecido que permite ventilação, elas estarão protegidas do contato umas com as outras e conseguirei identificar a peça sem que precise abrir o saco. "Porque não faço isso nas organizações?", podem perguntar. Só economia de tempo.   




Faltando as tags




Hoje, organização finalizada. Porque, às vésperas de outra semana atribulada, preciso muito descansar. Antes de os desejar um feliz domingo, ciente que uma pergunta pode ficar no ar, já me adianto na resposta. Nas gavetas que aparecem fechadas acima, por ter abaixo todos os tênis agrupados, concentro roupas e acessórios de treino. Sendo assim, às 6 da manhã, muitas vezes não totalmente acordada, consigo me organizar rápido. Organização salva. Alguém ainda duvida disso? Feliz domingo! 




Roupas de treino envelopadas






Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

22/11/2020

ELES E A ORGANIZAÇÃO



Gandhi, eu e Zeus! Entre os fortes. Simbólico isso...




Nos nossos regulares treinamentos em organização, pregam que crianças e pets precisam ser mantidos fora do local da ação. No que, em teoria, concordo totalmente. Mas, como resolver essa questão quando suas referências humanas na casa se voltam para a organização das suas vidas? Acolher com cautela foi a única saída que encontrei até hoje. E segue funcionando. Muito bem. As imagens a seguir não mentem.
Eles fazem festa na chegada, vão ficando por perto, observam curiosos, e quase sempre, se encaixam num cantinho que ainda não tenhamos ocupado no decorrer do processo. Como não tenho medo algum, observo com serenidade seus donos fazerem os resumos das suas personalidades. Assim, com o passar do tempo, utilizando as informações iniciais, e mantendo o respeito necessário, ficamos até amigos...  




Romeu




Romeu, Memeu para os íntimos, foi amor à primeira vista. Pouco maior que uma palma de mão masculina, assim que percebi que não iria sair de perto, com medo de algum acidente com ele, tendo pedido autorização à sua dona, o coloquei sobre a mesa de jantar. De lá, visão panorâmica, ele acompanhou, não só a mudança de layout, como a organização interna dos móveis da sala. Atenção total. Um fofo em todos os sentidos!




Bidu




Bidu, mesmo tendo sido avisada da valentia, só conheci seu lado dócil e brincalhão. Organização do closet da sua dona em curso, ouvi, à distância, ele tomar um "carão federal". O que tinha aprontado? Não consegui entender. O fato é que correu para o vão atrás de onde eu estava fazendo as dobras e lá ficou, por muito tempo. Provavelmente, se sentindo bem seguro comigo de escudo protetor. Muito esperto ele!  




Kira e Mina




Como descrever Kira e Mina? Opostos totais. A primeira, brincalhona e estabanada. A segunda, modos de princesa. Com elas, o cuidado teve que ser maior ainda. Maiores em porte, vez por outra, corriam no meio da organização, em real situação de risco. Quando cansavam, a paz voltava a reinar. Querem saber onde elas vinham recarregar as baterias? Juntinho da dona, no meio da nossa organização. Podem acreditar!


Spicy




Spicy, que mais parece um bichinho de pelúcia, foi receptiva desde o início. Observando a movimentação, ela brincava pela casa, mas sempre voltava pedindo carinho. Numa dessas vezes, depois de fazer o afago desejado, falei pra ela: agora, vamos trabalhar? E ela, me olhando fixamente, como se estivesse entendendo, correu para a mais baixa prateleira da rouparia já organizada e lá ficou. Entendi: eu trabalho, ela descansa! 




Chandon




Chandon? Um lorde! Discreto, quase não aparecia. Algumas vezes o vi, de longe, circulando pela casa. Porém, quando percebeu a despensa já organizada, no auge da pandemia, com uma cesta vazia (que seria para os sacos de mercado contendo itens secos ainda a serem higienizados), veio conferir. Naquele momento, até esperei, mas ele não entrou na cesta. Tenho sérias suspeitas que isso já deve ter acontecido. 




Cloe




Também princesa, Cloe não desgrudou da sua dona. Mesmo no momento mais feio da organização, o descarte, ela esteve colada conosco. Super esperta, escolheu o lugar mais alto/confortável e lá ficou por muito, muito tempo. No decorrer do dia, aproximações permitidas, percebi que o que ela gosta mesmo é de carinho. De onde quer que venha. Daí em diante, foi bem tranquilo. Foi até nos levar na porta na despedida.   




Belinha




Belinha, a mais recente participante dos registros de organização, me vendo posicionar o celular para a parede de acessórios do closet da sua dona, pulou na frente e até pose fez. Eu, para não a contrariar, registrei o momento e, só depois, parti para os registros da organização. Daí em diante, ficamos amigas. Vendo todos ocupados, onde eu estivesse, chegava de mansinho e deitava junto, coladinha no meu pé.  






Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

25/10/2020

AMIGA MULTITALENTOSA



Por Valéria Mendes




Arquiteta, chef de cozinha, fotógrafa, esposa, mãe e amiga, talvez, não exatamente nessa ordem, tenho orgulho de dizer que Valéria Mendes faz parte da minha preciosa lista. Amiga, daquelas que topa tudo. Seja viagem à Nova York ou cirurgia de varizes. De uma sensibilidade ímpar, coloca emoção em tudo que faz. Até em comentário via direct do ig. Na sexta, em resposta ao seu comentário sobre uma foto do mar que lá compartilhei, escrevi: se existe algo mais lindo que o mar, desconheço! E ela respondeu:

Carta para uma amiga. 
Verdade, amiga, difícil encontrar algo mais lindo que o mar. Te peço um pouco mais de tempo para responder, vou pensar sobre isso... 
Vejo muitas cores que se intercalam na sequência da mudança de tempo. Assim, o mar vai espelhando o tempo... o tempo que vai passando.
Nasce o sol. Um dia de sol ou chuva. Chuva boa, fresca. Ou vento. Ou sem vento. E ainda o reflexo de um céu estrelado sobre o mar, mas só acontece sem vento. Esse seria um mar colcha de estrelas... Também vemos muito mais que o sereno dos verdes e calmos azuis. Outro dia, enxerguei vermelho na água azul do mar. Verdade! Em termos de sensação, o vermelho não estaria ligado ao que nos proporcionam os azulados e esverdeados. 
Vou aqui, de frente para o (agora) cinzento mar, pensando... sentindo... vivendo o mar. E mando, por essas linhas, só coisas boas para essa querida amiga: a quietude, a paz e, também, a energia do mar. Encerro com um abraço de um braço de mar pra você! Chegou?

Preciso dizer mais ou já entenderam do que ela é capaz? Desnecessário...  








Já que o nosso assunto é o mar, consegui fazer uma reunião de imagens por ela compartilhadas, via whatsApp, que comprovam os seus outros muitos talentos. Como organizar é um deles, hoje, ela foi inspiração para o post. Sejam mantimentos ou utensílios, respeitando as especificidades da organização de barcos, ela sabe do que os seus rapazes precisam. E segue organizando. Aliás, muito bem. Se ainda têm alguma dúvida, confiram aí! 




Mantimentos



Utensílios




Não apenas na culinária, mas, principalmente, na área do fazer o outro se sentir querido, ela segue absoluta. Nas suas mãos, frutas viram verdadeiras esculturas e uma simples reunião de petiscos se transforma em foco principal, tendo o mar como pano de fundo. Se pensam que algo do mencionado acima representa sacrifício, são tarefas que ela executa sorrindo e nos lembrando que viemos aqui para sermos felizes. Só isso.




Trabalho escultural



Registro de hoje!




Com ela, desde 1985, quando iniciamos nossas vidas acadêmicas no curso de arquitetura da UFBA, já vivi "poucas e boas". E, seguimos aprendendo uma com a outra. Na minha recente cirurgia de varizes, ela, a primeira a se oferecer para acompanhante, aceitei. Cirurgia finalizada, voltando para o quarto, acordada, assim que abriram a porta avisei: Gisele chegando. "Gisele?", perguntou preocupada. Respondi: Bündchen! Rimos muito...




@valeriamendesarquiteta





Fonte imagens: ARQUIVO DA HOMENAGEADA

18/10/2020

DOMINGO EM CASA



Sigam @psimillaadami no instagram!




Post de hoje atrasado? Bastante! Porém, existe justificativa. Desafiada por uma cliente muito querida, aproveitando esse domingo em casa, resolvi registrar quase todas as minhas realizações por aqui. Antes, para ilustrar o significado de "casa" para mim, só a comunicação rápida e cheia de significado com a amiga e psicóloga Milla Adami. Ela, em final de semana com a família na praia, no nosso clima de cuidado mútuo, vencida a estrada da volta, avisa já terem chegado. Síntese de tudo. Virou capa...     






Na cozinha... Mesmo sendo uma tarefa que não gosto muito, para não dizer odeio, lavei todos os pratos e afins, deixando a natureza agir na secagem;  






Na área de serviço... Véspera de projeto, passei o uniforme quase chorando de saudade da minha funcionária. Habilidade zero e coragem;






No escritório... Agenda atualizada, rasguei papel, abri duas novas pastas no arquivo suspenso e comemorei o cantinho das pendências estar vazio; 
  





No banheiro... Reposição periódica das flores concluída, organizei a gaveta do estoque de higiene incluindo os itens adquiridos durante a semana;
 





No quarto... Aromatizador abastecido, avisei à amiga Lola Andrade que fiquei sem refil. No passado, ela me presenteou. Segue o fornecimento;  
 





No note... Pendrive do carro atualizado, memória de imagens do celular limpa, desse momento em diante, fui só atenção para o post de hoje. 






Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

04/10/2020

NADA A VER COM ORGANIZAÇÃO







Apesar da insistência dos amigos próximos que preciso fazer o post ao longo da semana, não consigo. Nos meus dias de organização, cansada e com foco na família da vez, falta inspiração. Mais relevante que essa, querem a explicação maior? O post de domingo é o meu playground. Preciso estar com vontade "de descer", senão, acabam saindo coisas absurdas. E, hoje, mais uma vez, zanzei pela casa sem ideias. Até que li a publicação da amiga querida Tânia Santos no instagram.
Só para os situar quem ela é, desde que as nossas filhas entraram para a fase das festas e caronas, fazemos parte do restrito e especial grupo de whatApp Amigas como as filhas. Nunca vi um título traduzir tão bem os sentimentos que permeiam essa relação. Seis mães de sete filhas e a nossa união segue a mesma desde que elas deixaram o ensino médio. Tânia, a única avó e, também, a mais visionária e conectada com as questões existenciais das seis, compartilhou o seguinte:

"Decepcionante entrar numa loja de brinquedos e perceber que, se for um menino, ele pode ser astronauta, cavaleiro, lutador, piloto (de drone, de avião de helicóptero, de moto), montar lego, cientista etc.
Se for uma menina, ela pode: cozinhar, lavar a louça, cuidar da casa e ter várias bonecas. Em 2020?!
Pais e mães, abram os horizontes, comprem uma espada de luz pra sua menina salvar o mundo, um carro pra ela dar um "rolé", um avião pra ela pilotar!
Enfim, qualquer coisa diferente!
E ensinem à elas que quem lava a louça é quem suja!!!
Que ela pode ser o que ela quiser! Que brinquedo não tem sexo. Que ela pode conquistar o mundo da fantasia e do real, na função que ela escolher, seja ou não igual a dos meninos!
E ensinem para os seus filhos homens, que cozinhar pode ser incrível, e que não precisa ser tudo rosinha! Que lavar louça e cuidar da casa são tarefas importantes a serem divididas, compartilhadas, pois todos sujam e gostam de casa limpa. Que menina também sonha em mudar o mundo e ser heroína de suas fantasias!"

As palavras acima fazem sentido para vocês? Para mim, todo sentido do mundo. Tânia, mãe de três meninas incríveis, segue ajudando a cuidar da sua netinhaAliás, avó das mais dedicadas e amorosas que conheço. Mais cedo, ao me deparar com o texto acima, juro que tive vontade de comprar uma espada de luz. Salvar o mundo sempre foi um dos meus maiores desejos. Diariamente, sigo tentando salvar o dos meus clientes. Com organização. Salvação genuína. Sensação maravilhosa...





Fonte imagens: GOOGLE       

20/09/2020

 DELICADEZAS



Família especial!




Vez por outra, encontro pessoas que declaram babar com as minhas postagens. Imagens e texto. Dessa forma. Sempre achei isso um pouco exagerado. E foi durante a semana, ainda na pandemia, organizando a copa de uma família bastante especial, que me deparei com muitas delicadezas. Logo tratei de as incluir na organização. Talvez por essa inclusão, que já faz parte da minha "marca registrada", venha a declaração acima. O fato é que muitos desses itens que encontro organizando, fazem parte da história da família. E juro que não sei como não os incluir.
O período de reclusão que parece estar chegando ao fim, certamente, nos deixa muitas lições. Voltarmo-nos para as nossas casas é um deles. Vender, doar, descartar o que não nos é mais útil, faz-se necessário. Mas, resgatar as recordações valorizando de forma divertida, é tão necessário quanto. E, hoje, por conta da reflexão enquanto organizava, resolvi citar as delicadezas que encontro nos lares. Muitas vezes esquecidas nos cantos. À mim, cabe garimpar, perguntar e sugerir. Ideia aceita pelo cliente, vira foto. De foto para post é bem rapidinho!      

















Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

30/08/2020

PESQUISANDO POR AÍ



Deixe o amor crescer
Let love grow/Cactus Succulents 




"Como você está?", suspeito ser a pergunta mais pronunciada nos dias de hoje. Há meses, ela deixou de ser automática. Aqui, a cada uma que chega, a resposta é a mesma: estou ótima. Mas, em plena pandemia, tenho certeza que muitos duvidam dessa verdade. Sigo com saúde, produtiva, organizando e cuidando. Talvez porque cuidar me alimente. Se isso tem explicação? Não tinha até receber o presente de Socorro Vitta, amiga querida e antenada. Muito antes desses dias que estamos vivendo. 
Mais cedo, inquieta e inconformada como fui definida recentemente, pesquisando por aí, encontrei o trecho da fala de Anete Guimarães na palestra Diga não ao suicídio! realizada em 17 de novembro de 2018. O trecho tem pouco mais de 13 minutos de fortes revelações. Porém, do oitavo minuto em diante, parei a vida para ouvir a mensageira dos resultados de tão sério estudo realizado na Universidade de Harvard, Cambridge - MA. Transcrever aqui? Impossível. Preferi compartilhar. 








Acredito ser, mais ou menos, nesse ponto que vocês perguntam: o que isso tudo tem a ver com organização? Seguramente, afirmo que tudo. Se cuidar nos guia a felicidade, e organizar é cuidar, consequentemente, organizar também pode levar ao mesmo destino. Uns fazem opção por esse tipo de cuidar e se profissionalizam para tal. Outros, suspeitando dos benefícios e acreditando no estudo da Universidade de Harvard, tentam trazer isso para as suas vidas. Sábia decisão. Tenham todos uma excelente semana!      





Fonte imagem: GOOGLE                                                                                      Fonte vídeo: YOUTUBE

16/08/2020

CAMINHOS CRUZADOS



@pontocolorido_
@pontocolorido_





Num passado muito distante, iniciando não só o curso de arquitetura como minha vida profissional, para custear o material didático, fui trabalhar na loja Fiorucci, na época, no Shoping Iguatemi. Trabalho sério, muito aprendizado, até suspeito que lá plantaram em mim a sementinha da organização. Sem tempo para nada, só estudava e trabalhava. Ainda assim, consegui perceber os bons encontros que aquela correria me proporcionou. Lá, além de outras grandes figuras, conheci Lula Conde. Sempre sorridente e prestativa, seguimos nos ajudando como todas as parcerias de trabalho deveriam acontecer.
Por conta do avanço do curso e necessidade de estágio, tive que me despedir da loja. Há alguns meses, recebi notícias dela por conta de uma amiga em comum. E, há poucos dias, descobri a Ponto Colorido no instagram. Encantada com a habilidade manual daquela parceira de trabalho que só fazia espalhar simpatia e vender, passei a curtir toda a sua produção. Foi quando percebi o anúncio da sua almofada térmica aromática. Segundo o post, deveria ser colocada no microondas por determinado tempo e funcionaria como um saco de água quente.




Minha encomenda!


 
Entrega pontual




Para minha surpresa, pude escolher tudo da encomenda. Inclusive a almofadinha pode ser azul. Minha cor preferida ever. As imagens aqui compartilhadas podem dizer quase tudo. Porém, o delicioso aroma do mix de ervas, só estando com ela em mãos. Os paninhos de prato, solicitados durante a pandemia pela minha fiel escudeira, são lindos, super bem acabados e enxugam de verdade. No meu próximo pedido, estará um jogo americano individual para uso nas organizações e um porta pirex para a necessidade de transportar meus quitutes em grande estilo.  




Ela e seu recipiente hermético



Instruções de uso




Cólicas combatidas sem remédios, hoje, compartilho aqui a arte de Lula Conde para que os benefícios possam ser espalhados por aí. Tenho por princípio que, testado e aprovado, o que nos favorece, deve ser, rapidamente, compartilhado. Para essa amiga, tão prendada e caprichosa, desejo todo o sucesso do mundo na divulgação da sua arte. No que depender de mim e onde eu passe para organizar, certeza que, vendo necessidade, indicarei as suas peças quase mágicas. Para os curiosos sobre o "funcionamento" da almofadinha, instruções acima.  
Ainda que não tenha solicitado autorização formal, usando a liberdade que a nossa relação permite, na tentativa de surpreender a artista, compartilho aqui alguns prints de posts da Ponto Colorido. A produção não se restringe a almofadas aromáticas, toalhas de prato, jogos americanos e porta pirex. Lula e sua equipe produzem máscaras, bolsas para maquiagens, caminhos de mesa, capas para almofadas, peseiras para camas e muito mais. Aproveitem esse estímulo para um passeio, sem pressa, pela @pontocolorido_. Um show de delicadeza! Feliz domingo...  
















Fonte imagens: ARQUIVOS PROFISSIONAIS

02/08/2020

E SE NÃO PASSAR?


Está passando!




Hoje, acordei indisposta. Reflexos da noite anterior. Problemas de estômago. Sempre ele. Já abri os olhos com a preocupação: que fazer com o post no blog? Foi quando lembrei da amiga Isabel Villas e a sua atenção em me informar sobre todas as publicações da escritora Martha Medeiros que passem pela sua frente. Ela compartilhou. Eu amei e guardei!    



E SE NÃO PASSAR?


Estamos há quase quatro meses mergulhados numa pandemia que mudou nossos hábitos, nos impôs restrições, nos distanciou fisicamente e nos colocou frente a frente com nossas fragilidades. Vai ficar por isso mesmo? Quando iniciou, parecia apenas uma onda gigante e repentina. Se soubéssemos nos manter à tona, boiando sobre ela, obedientes e respeitosos diante do tamanho, nada de muito ruim iria nos acontecer e logo reencontraríamos a calmaria.
É o que vem acontecendo nos países europeus, que estão retomando as atividades cotidianas, dando um passo de cada vez. O Brasil, caótico por natureza, vai levar mais tempo, nenhuma novidade. Três, seis, dez meses? Quando teremos nossa vida de volta? Talvez nunca, não como era antes. É provável que tenhamos que assimilar que a nossa atual precariedade determinará novos modelos de conduta daqui para frente.
Lavar as mãos, usar máscara e evitar aglomerações: já estamos nos acostumando. Poderíamos nos acostumar agora com o desprestigio da ostentação e do consumismo delirante. Continuaremos comprando comida, roupas e remédios, precisaremos de um bom teto como sempre precisamos, mas nossos luxos talvez mudem - tomara que mudem. Hora de privilegiar as questões humanas, se soubermos aproveitar a oportunidade.
Não chego a falar de um renascimento espiritual, que soaria pomposo, mas acredito, sim, que a tendência é reavaliarmos nosso estilo de vida. As grandes metrópoles se tornaram zonas de contágio, e um êxodo urbano não seria má ideia: sair em busca de desintoxicação, mais atividades ao ar livre, cidades menores, menos concentração populacional. 
A arte também se beneficiará desta pandemia. Não só por sua valorização evidente (o que teria sido de nós sem livros, música e filmes nesse longo confinamento?), mas também pelo surgimento de talentos até então desconhecidos: as pessoas foram obrigadas a descobrir em si algum dom - artes manuais, gastronomia, desenho digital, colagens, fotografia, vá saber quantos outros. A expressão artística poderá ser nossa grande contribuição à humanidade: não voltaremos a ser apenas consumidores de cultura, mas fornecedores também.
Não é se apegando a símbolos de status que prestaremos homenagem à nossa sobrevivência, e sim expandindo nossa criatividade, encontrando os amigos, bebendo e comendo com eles, namorando, celebrando as sensações, não as aquisições. Utilidades práticas seguirão bem-vindas, mas as utilidades emocionais é que definirão nosso bem-estar: meditação para dormir melhor, leitura para mais autoconhecimento, empatia para reduzir desigualdades. Já que esta crise é inevitável, que a gente ao menos transforme nosso espanto em sabedoria.


MARTHA MEDEIROS





Fonte imagem: GOOGLE

19/07/2020

UM PROJETO DE AMOR



Esperando Alice!




Quando estudante, odiava trabalhos em equipe. Reunir, planejar, executar, tudo me incomodava. Preferia assumir as responsabilidades sozinha que me adaptar ao tempo do outro. Mesmo durante a faculdade. Mas, como estamos aqui para evoluir, na construção da vida profissional, me desafiei a encarar essas situações de maneira diferente. E fui presenteada, na grande maioria das vezes, com pessoas comprometidas como eu.
Hoje, descrevo aqui o mais cheio de amor dos trabalhos de equipe que já participei: o quarto de Alice Kertész. Projeto da arquiteta Lais Galvão, profissional competente, atenta aos detalhes e doçura no olhar; executado com profissionalismo e sensibilidade pela arquiteta de formação e engenheira de atuação Rita Magnavita. Para mim e Luana Castro, coube a organização. Uma honra. Sobre o resultado? É de emocionar...












Em plena pandemia, relógio correndo, barriga crescendo, assim que o final de semana apontava, a família Kertész fugia para PF e eu corria para organizar. De longe, via telefone e whatsApp, mamãe Lara assumia o controle de tudo num projeto de amor que poderia até ter sido intitulado "Esperando Alice". Numa dessas oportunidades, com a participação especialíssima da colega Luana Castro, chegamos ao quarto dela.
Qual foi a maior dificuldade? Manter mamãe Lara afastada da organização. Afinal, seguíamos organizando por aí e, apesar dos cuidados redobrados, nossa exposição ao vírus era fato. E foi através de imagens, em tempo real via whatsApp, que conseguimos tranquilizar aquele ser ligado na tomada. Hoje cedo, montando o post, quase dois meses depois, relembro o quanto ela esteve presente na escolha de cada solução. Ela é bem assim. 













Kits berço/banho, paninhos, cueiros e fraldas foram acomodados em colmeias visando facilitar o manuseio das peças no cuidado diário com Alice. Produtos de higiene e lacinhos foram categorizados para que a pequena passe pelos dias cheirosa e linda. Roupinhas lavadas e sapatinhos higienizados, foram separados por tamanho e distribuídos em gavetas com etiquetas. Com a logística dos deslocamentos presente em tudo.
Nos armários do banheiro, os estoques foram acomodados de forma a facilitar o controle, evitando gastos desnecessários. Procuramos posicionar a banheira, dentro do box, numa posição favorável ao "lado confortável" da mamãe Lara. Conquista muito comemorada pela mesma. Lá de longe, mais presente do que se possa imaginar, ela seguiu vigilante a cada detalhe do quartinho da sua Alice. Muito lindo de se ver! 
    



A caçulinha




Alice... Passados quase 5 anos, em agosto de 2015, finalizada uma organização na vida da sua família, montei um post-presente para a sua mamãe. Segura, determinada, ciente do que queria, ela esteve presente todos os sete dias de duração do projeto. No dia da finalização, me despedi com lágrimas nos olhos ao ver aquela pessoa tão especial tomando remédio para dores na coluna. Ela já era teimosa desde lá. Muito.
Hoje, pandemia enfraquecendo, você já com um mês de vida, sigo ansiosa pelo nosso encontro. Não importa quanto tempo tenha que esperar. Sou paciente. Siga respirando o amor dessa família especial que você tão bem soube escolher. Quer uma dica? Lá na frente, quando você desconfiar que a sua mamãe é a Mulher Maravilha, não se estresse com isso. Desde já, te garanto que ela é. Sorte a sua. Nos vemos muito, muito breve!     




Fonte imagens: arquivo profissional e dos clientes