ARQUITETANDO POR AÍ

ARQUITETANDO POR AÍ
O assunto aqui é transformar rotinas engessadas, visando a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos. Mas, como assim? Alinhando conhecimentos arquitetônicos a técnicas de organização, espaços residenciais ou comerciais são reestruturados com custo bem inferior ao imaginado. Independente do tamanho da sua necessidade, conheça um pouco dessa história e encontre respostas. Aguardo você...

19/07/2020

UM PROJETO DE AMOR



Esperando Alice!




Quando estudante, odiava trabalhos em equipe. Reunir, planejar, executar, tudo me incomodava. Preferia assumir as responsabilidades sozinha que me adaptar ao tempo do outro. Mesmo durante a faculdade. Mas, como estamos aqui para evoluir, na construção da vida profissional, me desafiei a encarar essas situações de maneira diferente. E fui presenteada, na grande maioria das vezes, com pessoas comprometidas como eu.
Hoje, descrevo aqui o mais cheio de amor dos trabalhos de equipe que já participei: o quarto de Alice Kertész. Projeto da arquiteta Lais Galvão, profissional competente, atenta aos detalhes e doçura no olhar; executado com profissionalismo e sensibilidade pela arquiteta de formação e engenheira de atuação Rita Magnavita. Para mim e Luana Castro, coube a organização. Uma honra. Sobre o resultado? É de emocionar...












Em plena pandemia, relógio correndo, barriga crescendo, assim que o final de semana apontava, a família Kertész fugia para PF e eu corria para organizar. De longe, via telefone e whatsApp, mamãe Lara assumia o controle de tudo num projeto de amor que poderia até ter sido intitulado "Esperando Alice". Numa dessas oportunidades, com a participação especialíssima da colega Luana Castro, chegamos ao quarto dela.
Qual foi a maior dificuldade? Manter mamãe Lara afastada da organização. Afinal, seguíamos organizando por aí e, apesar dos cuidados redobrados, nossa exposição ao vírus era fato. E foi através de imagens, em tempo real via whatsApp, que conseguimos tranquilizar aquele ser ligado na tomada. Hoje cedo, montando o post, quase dois meses depois, relembro o quanto ela esteve presente na escolha de cada solução. Ela é bem assim. 













Kits berço/banho, paninhos, cueiros e fraldas foram acomodados em colmeias visando facilitar o manuseio das peças no cuidado diário com Alice. Produtos de higiene e lacinhos foram categorizados para que a pequena passe pelos dias cheirosa e linda. Roupinhas lavadas e sapatinhos higienizados, foram separados por tamanho e distribuídos em gavetas com etiquetas. Com a logística dos deslocamentos presente em tudo.
Nos armários do banheiro, os estoques foram acomodados de forma a facilitar o controle, evitando gastos desnecessários. Procuramos posicionar a banheira, dentro do box, numa posição favorável ao "lado confortável" da mamãe Lara. Conquista muito comemorada pela mesma. Lá de longe, mais presente do que se possa imaginar, ela seguiu vigilante a cada detalhe do quartinho da sua Alice. Muito lindo de se ver! 
    



A caçulinha




Alice... Passados quase 5 anos, em agosto de 2015, finalizada uma organização na vida da sua família, montei um post-presente para a sua mamãe. Segura, determinada, ciente do que queria, ela esteve presente todos os sete dias de duração do projeto. No dia da finalização, me despedi com lágrimas nos olhos ao ver aquela pessoa tão especial tomando remédio para dores na coluna. Ela já era teimosa desde lá. Muito.
Hoje, pandemia enfraquecendo, você já com um mês de vida, sigo ansiosa pelo nosso encontro. Não importa quanto tempo tenha que esperar. Sou paciente. Siga respirando o amor dessa família especial que você tão bem soube escolher. Quer uma dica? Lá na frente, quando você desconfiar que a sua mamãe é a Mulher Maravilha, não se estresse com isso. Desde já, te garanto que ela é. Sorte a sua. Nos vemos muito, muito breve!     




Fonte imagens: arquivo profissional e dos clientes   

12/07/2020

ESQUISITA COMO EU



Presentes pra alma!




Imaginem a cena. Eu subindo a esteira rolante do Sam's, ela descendo. Apesar da máscara, o reconhecimento foi imediato. Amor faz isso. Ela, mais que depressa, disse ter lido o post do domingo anterior com lágrimas nos olhos. Eu, sorrindo sob a máscara, ainda pude ouvir sua sugestão. "Fale sobre as nossas esquisitices de pandemia". Cada uma de nós numa extremidade das esteiras, ainda tive tempo de dizer: uma ideia genial.
Como não sou de listar esquisitices alheias, lembrando do livro Esquisita Como Eu, de Martha Medeiros, resolvi escrever sobre as minhas. Não acredito que a pandemia nos trouxe novas esquisitices; apenas nos fez enxergar as velhas. Como assim o que chamo de esquisitices? Hábitos que nos acompanham, trazendo conforto para a passagem dos nossos dias. Podemos passar sem elas, mas duvido muito que alguém tope tentar.      
Amo tangerina, mas só como depois que retiro todas aquelas fibras brancas que ficam após descascada. Viajar é tudo de bom, porém, onde quer que eu vá, levo minhas havaianas fininhas para a hora do banho. Por não beber, consigo sentir até os diferentes sabores de água - e sigo tendo minhas preferências. Remédios? Um capítulo à parte. Como não gosto, aguento minhas dores de cabeça, sem eles, até o limite do suportável.
Conforto. Palavra chave para atravessarmos os dias atuais. É nesse ponto que entra a organização dos nossos. E sigo defendendo o planejamento das rotinas para que a maioria das esquisitices possa ser atendida. Não há mal nenhum nisso. Aliás, é exatamente o contrário. Viva as esquisitices que, quando satisfeitas, nos remetem à amparo. E, amparados, ficamos mais fortes para enfrentarmos qualquer desconhecido. Pensem nisso!   





Fonte imagem: GOOGLE

05/07/2020

PRESENTE DE PANDEMIA



E, bem no meio do "fica em casa", um mimo!




Quem me conhece melhor, já sabe a importância dos amigos na minha vida. De perto, de longe, sérios, brincalhões, de ambos os sexos, eles são a minha família escolhida. Entre ajuda e pedidos de socorro mútuos, seguimos fazendo da vida um lindo trabalho de equipe. E, para minha surpresa, essa conexão acontece com muitos dos seus filhos também. 
Sendo assim, bem no meio da pandemia, coladinha sempre que possível à amiga psicóloga Milla Adami, profissional fenomenal, estou tendo o privilégio de enxergar "a situação" por um ótica diferente. O resultado? Sempre que cabe, pequenos gestos misturados à minha rotina. Nas idas e voltas das organizações, vou deixando presentes de pandemia por aí.
Tudo começou com Peu e Leo Batista, após um desabafo telefônico da mãe planejando os deixar na minha casa - sedenta por uma folga. Ouvindo queixas sobre falta de seriedade nas aulas on line e zero cooperação em casa, pensei: minha amiga não está bem. A mensagem para os dois fofos? Quem não encara a vida com seriedade não prospera. E ela riu. Muito.
Depois de deixar os seus chocolates favoritos na portaria com o bilhetinho que virou costume, já estava no foco de João Leão. Esse, sempre zen, cumpridor do "fica em casa", soube através da sua mãe que estuda e brinca sem reclamar de nada. Avaliei estar merecendo um presente de pandemia. Depois de muito procurar, achei os seus raríssimos Kinder Joy. Ufa!!
As meninas Maia (foto cima), já quase adultas, mas filhas também, numa demonstração de forte cumplicidade via whatsApp da mãe, foi mencionado o aguardo pelo chocolate preferido. Na minha ida seguinte ao mercado, passando pela seção das guloseimas, lembrei delas. Com o costumeiro bilhetinho de amor, o mais rápido que pude, foi sacola na portaria.
Muitos presentes de pandemia já entregues, outros ainda a entregar, sinto a pergunta chegar aqui: o que tudo isso tem a ver com organização? Administrar nossos dias para fazermos diferença na vida do outro requer tempo. E termos tempo para tudo é o primeiro benefício da organização. Uso o meu de várias formas. Essa é só uma delas. Organizem-se!  





Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL