ARQUITETANDO POR AÍ

ARQUITETANDO POR AÍ
O assunto aqui é transformar rotinas engessadas, visando a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos. Mas, como assim? Alinhando conhecimentos arquitetônicos a técnicas de organização, espaços residenciais ou comerciais são reestruturados com custo bem inferior ao imaginado. Independente do tamanho da sua necessidade, conheça um pouco dessa história e encontre respostas. Aguardo você...

24/08/2014

TRÊS DIAS DE FÉRIAS



"O que você faz é secundário.
Como você faz é primário."
Eckart Tolle





Férias fracionadas?? Já acostumei!! E elas sempre acontecem quando as circunstâncias permitem. Ainda que por poucos dias, como profissional liberal, aprendi a abraçar todas as oportunidades em que a vida resolve me oferecer férias. Dessa vez, decolei pensando no post do domingo passado que não aconteceu. E o status continuava o mesmo: ideia nenhuma.
Eis que, chegando ao meu destino, encontro uma amiga muito querida. Abraços trocados, ela declara, "tenho uma coisa pra você!" E foi assim que MADAME CHARME entrou na minha vida, acrescentando informações à uma antiga paixão e resolvendo o post de hoje. Yvana Ribeiro, como você sabia da minha admiração pelo charmoso e discreto jeito de ser francês!?   





"Se Eckart Tolle não é francês, sua filosofia é."
Jennifer L. Scott





Maravilhada com a simplicidade do relato, logo na manhã seguinte, devorei as primeiras páginas. Curiosa, voei até o final do livro para descobrir que VIVA APAIXONADAMENTE era o título do último capítulo. Não me contive e resolvi compartilhá-lo aqui no ARQUITETANDO POR AÍ, na esperança de que Jennifer L. Scott consiga contagiá-los também. Inspirem-se!!


 

 
Capitúlo 20

 

VIVA APAIXONADAMENTE

 
 
     Aprendi muitas lições no meu tempo em Paris, mas a mais profunda delas foi como viver a vida apaixonadamente. Cada detalhe da vida se torna excepcional se você permitir que seja assim. Você tem a chave. Quando preenchida por risos, amizade, arte, aventuras intelectuais e certa alegria, a vida pode ser extaordinária. Permita-se se emocionar diariamente. Todo dia, quando levanta da cama, você pode escolher simplesmente seguir a maré e apenas existir ou seguir em frente com paixão, aproveitando sempre sua vida e tirando algo de cada situação - seja ela boa ou ruim.
     Quando vivi em Paris, cada aspecto da minha vida era inspirado por paixão. Passei a estar sempre pronta para todos os prazeres que a vida tinha a oferecer. Deliciei-me com as coisas mais simples - ouvir Chopin na vitrola depois de um bom jantar com a Família Charme, comer uma deliciosa fatia de bolo de chocolate sem açúcar de Madame Bohemienne, ler um verso bem-escrito de um poema ao tomar sol nos jardins das Tulherias... Em Paris, eu vivia uma existência intensamente compensadora. A vida era apaixonante.
     É claro que não começou assim. No começo da minha estada na França, queria estar sempre no controle. Eu estava tão longe da minha família... do meu querido sul da Califórnia com todos os seus confortos informais... Para começar eu era tímida e raramente me aventurava fora da minha zona de conforto: a casa de Madame Bohemienne, minhas aulas na Sorbonne e na Universidade Americana e, claro, o lar da família Charme no 160 arrondissement. Com certeza eu me aventurava na cidade, mas sempre estava com meus amigos mais próximos e com um mapa à mão.
No fim das contas, depois que passei a conhecer os arredores e ter um pouco mais de fluência na língua, comecei a respirar o ar da cidade. E pude relaxar um pouco. Por vezes me aventurava sozinha e passava uma tarde inteira no Museu d'Órsay ou caminhando pela Champs-Élysées. Eu sentava em sofás sozinha, confortada pelo fato de não conhecer ninguém que estava à minha volta, e podia me deleitar com o teatro diário das ruas de Paris. Comecei a me sentir uma verdadeira parisiense.
     Uma noite, cerca de um mês após a minha chegada, fui convidada para ir à boate com alguns amigos novos. Até então, nunca tinha chegado tarde, pois não queria dar à Madame Charme a impressão de que era festeira demais. Mas achei que estava na hora. Com uma blusinha dourada brilhante, calça social preta e saltos altos, peguei o metrô em direção ao centro de Paris para encontrar meus amigos para um jantar fora de hora. Depois fomos à boate Le Bains.
     Tontos com o champanhe (exageramos um pouco no jantar), entramos na boate. Ela estava cheia de parisienses e parecia que todos no salão estavam dançando. Fui abrindo caminho até um dos palcos para ver todas aquelas pessoas enquanto dançava. Dancei sem parar por três horas, num estado de total euforia. Naquela noite, a vida correu nas minhas veias. Foi uma das noites mais inesquecíveis da minha vida, uma das primeiras vezes em que realmente relaxei.
     Naquela ocasião, qualquer preocupação que pudesse existir, desapareceu por completo. Desde pequenas questões como: será que vou pegar o último metrô de volta para casa da família Charme? (Não consegui.) Ou: será que vou passar na prova de gramática francesa no fim do verão? (Passei.) Até grandes preocupações, como: o que faria quando deixasse Paris? Em que direção a vida me levaria? Eu conseguiria ser tão feliz novamente?
     Enquanto minha vida segue adiante, essas perguntas continuam sem resposta. Agora que estou mais velha, com marido e filhas, sou a Madame Charme da minha própria família. Aprendi tanto com ela e com a vida em Paris que quero compartilhar essa riqueza de conhecimento com as minhas filhas. O que mais desejo é que elas vivam apaixonadamente. Não importa o que façam - o importante é como farão. Espero que estejam presentes e prontas para o que quer que a vida divertida lhes reserve.
     O filósofo Eckart Tolle disse: "O que você faz é secundário. Como você faz é primário." Se Eckart Tolle não é francês, sua filosofia é. É importante fazer aquilo pelo que se é apaixonada, mas se você se pegar fazendo algo ordinário, faça apaixonadamente.
     Espero que todos que leiam esse livro sejam capazes de viver de maneira mais apaixonada - com muito amor, arte e música. Uma vida sobre a qual você possa refletir e dizer que foi bem-vivida ao olhar para trás - uma vida sem nenhum momento desperdiçado.
É tão fácil passar a vida no piloto automático sem nem sentir. Muitos fazem isso... vagam pela vida relativamente inconscientes. Sem usar os sentidos sem sentir, sem viver
     Naquele primeiro dia em Paris, parada ne escada do prédio da Família Charme, eu não tinha ideia da jornada que embarcaria. Estava prestes a viver a minha maior aventura. Numa terra linda e estranha. Vivendo com uma família formal como a de um romance antigo - com suas refeições grandiosas, seu lindo apartamento, naquele espaço inspirador.
     Fazendo amizade com Madame Bohemienne e seus companheiros - naquelas reuniões apaixonadas, regadas a vinho.
     Andando pela cidade num frio congelante. Sentindo-me absolutamente contente sozinha no metrô a caminho da universidade ou andando pela Champs-Élysées observando pessoas chiques.
     Ficando feliz quando podia compartilhar um belo momento com mais alguém. Como aquela explosão de sentimentos que tomou conta de mim quando vi o quarteto secreto à meia-noite no Louvre. Ou quando vi meu primeiro Manet no Museu d'Orsay. Ou a cada noite ao comer uma fatia de camembert - le roi du fromage.
     De vez em quando, fecho os olhos e me lembro da primeira vez em que estive diante da porta da casa da família Charme, com o estômago embrulhado, quase louca com as incríveis possibilidades da vida.
     E então, entrei...






























Com o objetivo de ilustrar as experiências de simplicidade e elegância descritas no livro, deixo aqui algumas imagens reais e atualizadas de apartamentos disponíveis para aluguel em Paris. E assim, com a alma renovada, após exatos três dias de férias, retorno à rotina normal, pronta para auxiliá-los, com leveza e organização. Vamos trabalhar??






Fonte imagens: INTERNET


2 comentários:

  1. Parabéns pelo post de hoje! Amei! Podemos saber onde estava, fofa? Você não sossega. Rsrsrs... Quem sou eu? Uma admiradora. Lógico! Bjsss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kkkkkkk Que fazer com essas anônimas!? Estava no Rio. 18 anos de uma afilhada muito especial!! 3 dias que valeram por 30... Bjão

      Excluir

Deixe aqui seu comentário...